Investigadores da Universidade de Coimbra (UC) concluíram que, paralelamente ao controlo de sintomas, factores como uma melhor educação e estar empregado são determinantes para a percepção da qualidade de vida dos doentes com VIH-SIDA*.
Através da realização de questionários a 1.200 indivíduos, acompanhados em 14 hospitais de todo o País, a equipa do grupo de investigação em Relações, Desenvolvimento & Saúde da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da UC (FPCEUC) constatou que o perfil do doente seropositivo com melhor qualidade de vida corresponde a um homem caucasiano, empregado e com um bom nível socioeconómico, com qualificação académica e que está envolvido numa relação.
Através da realização de questionários a 1.200 indivíduos, acompanhados em 14 hospitais de todo o País, a equipa do grupo de investigação em Relações, Desenvolvimento & Saúde da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da UC (FPCEUC) constatou que o perfil do doente seropositivo com melhor qualidade de vida corresponde a um homem caucasiano, empregado e com um bom nível socioeconómico, com qualificação académica e que está envolvido numa relação.
“Ter formação superior e um emprego são os factores que a investigação tem mostrado estarem associados, de forma consistente, a uma melhor qualidade de vida. O controlo da doença é importante, mas estes factores não o são menos”, explica Marco Pereira, da equipa responsável pelo estudo.
O trabalho realizado pela equipa de investigadores da UC permitiu ainda determinar que a percepção do bem-estar nas mulheres, já habitualmente mais baixa, vai diminuindo à medida que aumenta a idade, algo que o investigador refere estar associado ao papel feminino de cuidadora. Além disso, apurou-se que se situa nos 30 por cento a percentagem de doentes com VIH/SIDA que sofrem de depressão, algo que se afigura particularmente importante uma vez que pode afectar a adesão à medicação.
“E o cumprimento das tomas dos medicamentos é essencial nestes casos. Uma adesão abaixo dos 95 por cento pode ter graves implicações para a evolução da doença”, assevera Marco Pereira.
Para Maria Cristina Canavarro, coordenadora do grupo de investigação, a obtenção deste tipo de dados pode fazer toda a diferença. “O surgimento de novos fármacos e de terapêuticas de alta eficácia ‘transformaram’ a SIDA numa doença crónica, o que levanta novas questões. Nomeadamente, como se pode tratar o doente para viver e não apenas sobreviver”, explica, acrescentando que avaliar a qualidade de vida é a resposta adequada, uma vez que isso “permite perceber o indivíduo no seu todo”.
O estudo recorreu a dados clínicos e a um questionário da Organização Mundial de Saúde, com 31 perguntas, que avaliam diversas componentes da qualidade de vida: física, relações sociais, espiritualidade e crenças pessoas, psicológica, nível de independência e ambiente. Este estudo, além de permitir conhecer melhor o impacto da doença e dos tratamentos médicos, pode contribuir para a investigação de novos fármacos e de novas terapêuticas, conhecer melhor os efeitos secundários dos tratamentos, melhorar os cuidados paliativos e ajudar na tomada de decisões médicas, entre outros objectivos.
O trabalho realizado pela equipa de investigadores da UC permitiu ainda determinar que a percepção do bem-estar nas mulheres, já habitualmente mais baixa, vai diminuindo à medida que aumenta a idade, algo que o investigador refere estar associado ao papel feminino de cuidadora. Além disso, apurou-se que se situa nos 30 por cento a percentagem de doentes com VIH/SIDA que sofrem de depressão, algo que se afigura particularmente importante uma vez que pode afectar a adesão à medicação.
“E o cumprimento das tomas dos medicamentos é essencial nestes casos. Uma adesão abaixo dos 95 por cento pode ter graves implicações para a evolução da doença”, assevera Marco Pereira.
Para Maria Cristina Canavarro, coordenadora do grupo de investigação, a obtenção deste tipo de dados pode fazer toda a diferença. “O surgimento de novos fármacos e de terapêuticas de alta eficácia ‘transformaram’ a SIDA numa doença crónica, o que levanta novas questões. Nomeadamente, como se pode tratar o doente para viver e não apenas sobreviver”, explica, acrescentando que avaliar a qualidade de vida é a resposta adequada, uma vez que isso “permite perceber o indivíduo no seu todo”.
O estudo recorreu a dados clínicos e a um questionário da Organização Mundial de Saúde, com 31 perguntas, que avaliam diversas componentes da qualidade de vida: física, relações sociais, espiritualidade e crenças pessoas, psicológica, nível de independência e ambiente. Este estudo, além de permitir conhecer melhor o impacto da doença e dos tratamentos médicos, pode contribuir para a investigação de novos fármacos e de novas terapêuticas, conhecer melhor os efeitos secundários dos tratamentos, melhorar os cuidados paliativos e ajudar na tomada de decisões médicas, entre outros objectivos.
Fonte: Ciência Hoje