quarta-feira, 19 de maio de 2010

III Congresso de Psicologia da UNIPAC - Inscrições abertas!

18 e 19 de junho de 2010

LOCAL: UNIPAC Campus Ipatinga

VALORES:

Até dia 15 de junho
Estudantes de graduação e pós-graduação: R $ 40,00
Profissionais: R $ 60,00

No dia do Congresso
Estudantes de graduação e pós-graduação: R $ 60,00
Profissionais: R $ 80,00

INSCRIÇÕES:

As inscrições podem ser feitas nos locais abaixo:

UNIPAC Campus Ipatinga
Segunda a sexta: das 16h as 19h20 e das 21h às 22h20 no hall (cantina) da UNIPAC, rua Salermo, nº 299. Bairro Bethânia, Ipatinga.

Núcleo de Atendimento ao Aluno
De segunda a sexta, das 9h às 18h, com a funcionária Leila
Sala 103 – Setor de Comunicação
Tel.: (31) 2109-2300

Ser Clínicas de Coronel Fabriciano
Rua 12 de outubro, n 84, Centro, Coronel Fabriciano.
3846-0606, com a funcionária Tainara

UNIPAC Timóteo
Avenida Ary Barroso, n 785, Seranata, Timóteo.
3849-9150, com a funcionária Claudia

2º Módulo do I Seminário de Teorias e Técnicas Psicoterápicas


Atenção estudantes de psicologia,

No sábado 29 de maio acontecerá o 2º módulo do I Seminário de Teorias e Técnicas Psicoterápicas, promovido pelo Curso de Psicologia da UNIPAC Ipatinga.
Serão apresentadas nesse módulo as abordagens comportamental e existencial.

A entrada é gratuita e basta comparecer e assinar a lista de presença.
Os certificados serão entregues após a realização do 3º módulo, que ocorrerá no dia 12 de junho.

Segue a programação:

Local: Sala 409

8h00: O método terapêutico na abordagem Comportamental
9h10: Apresentação de um caso clínico
Palestrante: Psicóloga Eva Maria Gomes Reis
9h40: Momento de troca com o público
 
10h00: O método terapêutico na abordagem Existencial
Palestrante: Professora Fúlvia Cristina do Carmo Alves
11h10: Apresentação de um caso clínico
Palestrante: Estagiário de Psicoterapia da professora Fúlvia
11h40: Momento de troca com o público

IX Encontro Mineiro de Avaliação Psicológica

O Encontro Mineiro de Avaliação Psicológica (EMAP) é um evento brasileiro do estado de Minas Gerais que é realizado desde 1993. Tradicionalmente é promovido pelos cursos de Psicologia de quatro instituições mineiras de ensino superior: Universidade Federal de Minas Gerais, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, o Centro Universitário Newton Paiva e a Universidade FUMEC. O EMAP, que ocorre a cada dois anos, constitui um espaço privilegiado para a reflexão e aperfeiçoamento na área de avaliação e medição psicológica que possibilita a discussão e a divulgação de tendências atuais, nacional e internacional, da produção cientifica em avaliação do comportamento humano. Por tais razões, os eventos do EMAP têm conquistado o interesse de pesquisadores, profissionais e estudantes de psicologia em todo o Brasil.

A última edição do evento (VIII EMAP) ocorreu em 2007 e foi sediado pela Universidade FUMEC. Privilegiou-se a produção cientifica latino-americana, criando um espaço de discussão e intercâmbio entre Brasil, Argentina, Peru, Colômbia, Chile e México. É nessa edição que o projeto SLATINT (Study of Latin American Intelligence) foi apresentado como proposta investigativa de avaliação psicológica do capital humano da região de América Latina (http://www.fafich.ufmg.br/~ladi/). Dessa forma, o VIII EMAP consagrou, no âmbito da avaliação psicológica brasileira, a expansão das fronteiras regionais e nacionais.

A nona edição do evento (IX EMAP) ocorrerá entre os dias 22 e 25 de setembro de 2010 na Universidade Federal de Minas Gerais. Nessa edição, considerando-se os atuais desafios do mundo moderno e tecnológico, o crescente desenvolvimento socioeconômico de alguns países chamados “emergentes” (entre os quais se encontram alguns países latino-americanos) paradoxalmente acompanhado de uma baixa qualidade educativa, o EMAP discutirá com especialistas nacionais e internacionais os resultados do projeto SLATINT. Também, por meio de simposio/mesas redondas, se oferecerá discussões específicas acerca da inteligência e personalidade e sua relação com fenômenos sociais como educação, rendimento laboral/organizacional, criminalidade e saúde física e mental.

O Comitê Organizador do IX EMAP convida aos pesquisadores, profissionais e estudantes do país e do exterior interessados no entendimento do comportamento humano a encaminhar seus trabalhos de investigação ou prática profissional assim como participar de um profícuo intercâmbio de opiniões.

Fonte: IX EMAP

terça-feira, 18 de maio de 2010

Visita Técnica ao Museu da Loucura, Módulos Residenciais e Centro Social da FHEMIG e Hospital Psiquiátrico Jorge Vaz



Estas são algumas fotos do Museu feitas por alunos do curso. A viagem ocorreu no dia 28/04/2010, sendo o retorno no dia 29/04/2010. O Curso de Psicologia da UNIPAC agradece as Instituições supracitadas pelo recebimento dos alunos e pela atenção dispensada.

Vídeo Museu da Loucura: http://www.youtube.com/watch?v=-2O0WlW5pFc

Sites úteis:

PORTAL SESCSP

http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas_sesc/pb/artigo.cfm?Edicao_Id=28&breadcrumb=1&Artigo_ID=77&IDCategoria=351&reftype=1


MUSEU DE PSIQUIATRIA BRASILEIRO

http://www.museudapsiquiatria.org.br/predios_famosos/exibir/?id=1


PROGRAMA DE VOLTA PRA CASA - HUMANIZASUS

http://www.ccs.saude.gov.br/VPC/apresentacao.html


18 de Maio - DIA DA LUTA NACIONAL ANTIMANICOMIAL

Dia 18 de Maio é considerado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Como não raramente as artes compreendem primeiro o que a ciência paulatinamente conhece em suas pesquisas em laboratórios, para celebrarmos os avanços na compreensão de saúde mental, e principalmente sobre os métodos a serem utilizados no tratamento do portador de doença mental, abaixo está um texto de Rubem Alves, mineiro de Boa Esperança, psicanalista e escritor.






SAÚDE MENTAL
Rubem Alves
“Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental.
Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto.
E eu também pensei. Tanto que aceitei. Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia.
Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, dentro do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante; pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. E logo me assustei.
Nietzsche ficou louco.
Fernando Pessoa era dado à bebida.
Van Gogh matou-se.
Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia.
Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica.
Maiakovski suicidou-se.
Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos. Mas será que tinham saúde mental?

Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, previsíveis, sempre iguais, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, bastar fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou.
Pensar é uma coisa muito perigosa...
Não, saúde mental elas não tinham. Eram lúcidas demais para isso.. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental.
Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa.

Por outro lado, nunca ouvi falar de político que tivesse estresse ou depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.
Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos. Nós somos muito parecidos com computadores.
O funcionamento dos computadores, como todos sabem, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente "equipamento duro", e a outra se denomina software, "equipamento macio".
O hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito.
O software é constituído por entidades "espirituais" - símbolos que formam os programas e são gravados nos disquetes.
Nós também temos um hardware e um software.
O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso.
O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória.
Do mesmo jeito, como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo "espirituais", e o programa mais importante é a linguagem.
Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software. Nós também.
Quando o nosso hardware fica louco faz-se necessário chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam.
Não se conserta um programa com chave de fenda por que o software é feito de símbolos; somente símbolos podem entrar dentro dele. Assim, para se lidar com o software há que se fazer uso dos símbolos. Por isso, quem trata das perturbações do software humano nunca se vale de recursos físicos para tal.
Suas ferramentas são palavras, e eles podem ser poetas, humoristas, palhaços, escritores, gurus, amigos e até mesmo psicanalistas.
Acontece, entretanto, que esse computador que é o corpo humano tem uma peculiaridade que o diferencia dos outros: o seu hardware, o corpo, é sensível às coisas que seu software produz. Pois não é isso que acontece conosco?
Ouvimos uma música e choramos.
Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado.
Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios (o hardware) tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover.
Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção!

Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio: a música que saía de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou.
Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, saúde mental até o fim dos seus dias.
Opte por um software modesto.
Evite as coisas belas e comoventes.
A beleza é perigosa para o hardware.
Cuidado com a música. Brahms e Mahler são especialmente contra-indicados. Já o rock pode ser tomado à vontade.
Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento.
Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago?

Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais.
E, aos domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato.
Seguindo essa receita você terá uma vida tranqüila, embora banal.
Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é.
E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, só então, realizar os seus sonhos.


Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram.

Extraído do Livro "Sobre o Tempo e a eternidade Campinas: Ed. Papirus, 1996.
Para ler mais textos de Rubem Alves: www.rubemalves.com.br